ROSÉOLA INFANTIL – EXANTEMA SÚBITO
Domingo dia 17 de julho o João Pedro teve 2 episódios de febre e como os dentes estavam saindo, achamos normal e o medicamos. Na segunda- feira observei uma pintinha vermelha em seu ombro e com o passar do dia, foi aumentando a quantidade das pintas e sua extensão. Na quarta-feira o levamos ao pediatra que o diagnosticou com roséola infantil ou exantema súbito. Ele já havia sido diagnosticado outras 2 vezes com exantema mas em uma menor proporção, o que nos deixou assustados dessa vez.
A roséola infantil, também chamada de exantema súbito, é uma virose
muito comum durante a infância, que manifesta-se através de erupções
cutâneas (manchas vermelhas na pele) e febre. O exantema súbito é uma
infecção viral benigna, que cura-se sozinha sem necessidade de
tratamento e raramente provoca complicações.
A roséola é uma uma virose benigna, de curta duração e com baixíssima
taxa de complicações. O vírus responsável na maioria dos casos
é o herpesvírus humano 6 (HHV-6), um vírus da família do herpes. Porém,
a roséola também pode ser provocada por outros vírus, tais como,
herpesvírus humano 7 (HHV-7), alguns enterovírus (coxsackievirus A,
coxsackievirus B e echovirus), adenovírus e parainfluenza tipo 1.
A
roséola infantil é uma infecção típica de bebês. Cerca de 75% dos casos
ocorrem em crianças entre 6 meses e 1,5 ano de idade. Meninos e meninas
são acometidos com igual frequência. Ao final da infância, praticamente
todo mundo já terá tido algum contato com o vírus, mesmo aqueles que se
infectaram, mas não chegaram a desenvolver os sintomas da roséola. Por
isso, quadros de roséola em adultos são raros.
Transmissão
A transmissão da roséola é feita habitualmente de pessoa para pessoa
através do contato com secreções das vias respiratórias, principalmente
pela saliva. Espirros, tosse, beijos, contato com perdigotos e
brinquedos que vão à boca e são compartilhados com outras crianças são
fontes potenciais de contágio.
Na maioria dos casos, os pacientes
não conseguem identificar a origem da transmissão, pois esta se dá
frequentemente através de indivíduos que são portadores assintomáticos
do vírus. Explicando melhor: uma criança se contamina com o HHV-6, não
desenvolve sintomas de roséola, mas passa vários dias sendo uma fonte de
transmissão do vírus. Essa criança portadora assintomática pode passar o
vírus para dezenas de outras crianças, principalmente se ela estiver
frequentando uma creche. Dentre as crianças recém-infectadas, algumas
irão desenvolver os sintomas da roséola, mas a maioria delas se
transformará em novos portadores assintomáticos do vírus.
Sintomas da roséola infantil
Para
aquele pequeno grupo que irá desenvolver sintomas, o período médio de
incubação da roséola é de 10 dias. O quadro clínico inicia-se
habitualmente com uma febre alta, que pode ultrapassar os 40ºC. A febre
pode vir acompanhada de outros sinais e sintomas, tais como dor de
ouvido, aumento dos linfonodos do pescoço, irritação, perda do apetite,
nariz entupido, dor de garganta ou diarreia. Do mesmo jeito que surge
subitamente, após 3 a 5 dias de temperaturas altas, a febre também vai
embora rapidamente de uma hora para outra.
O
sinal mais característico da roséola é o surgimento súbito de uma
exantema (manchas vermelhas na pele) imediatamente após a resolução da
febre, daí a doença também ser conhecida como exantema súbito. O rash da
roséola não coça nem provoca dor.
O exantema da roséola inicia-se no tronco e depois espalha-se para
membros e face. As lesões são habitualmente compostas por múltiplas
pequenas manchas avermelhadas, de 0,5 centímetros, que podem ser planas
ou com discreto relevo. O exantema dura de 1 a 2 dias, mas em alguns
casos pode durar apenas poucas horas.
A roséola cura-se
espontaneamente sem provocar complicações na maioria dos casos. Em
algumas crianças, porém, a febre muito alta pode desencadear episódios
de crise convulsiva. Apesar de ser um quadro bastante assustador para os
pais, as crises são auto-limitadas e não provocam problemas maiores na
imensa maioria dos casos.
Os vírus HHV-6 e HHV-7 também podem
provocar uma outra forma de rash cutâneo, conhecido como pitiríase
rósea. Este rash acomete preferencialmente crianças mais velhas e
adultos jovens (leia:
PITIRÍASE RÓSEA – Sintomas e tratamento).
Diagnóstico da roséola infantil
Na
maioria dos pacientes, a roséola é diagnosticada clinicamente, devido à
sua típica apresentação de febre por 3 a 5 dias seguida de rash cutâneo
em uma criança com menos de 3 anos. Antes do aparecimento do rash, é
muito difícil estabelecer o diagnóstico, pois os sintomas são os mesmos
que os de qualquer virose comum.
Raramente, o médico pode pedir uma sorologia, que é um exame que investiga a presença de anticorpos contra a roséola no sangue.
Tratamento da roséola infantil
A roséola
é um quadro benigno e auto-limitado, e a maioria das crianças já se
encontra curada dentro de uma semana após o surgimento da febre. O
tratamento indicado, portanto, é apenas repouso, boa hidratação e
controle da febre com analgésicos comuns.
(Fonte: http://www.mdsaude.com/2015/06/roseola-exantema-subito.html)